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maio 24, 2010

Grupo pede “direitos humanos” a baleias e golfinhos

NE Pacific Transient killer whale is seen in this undated photograph taken in Alaska. REUTERS/Dave Ellifrit/NOAA Alaska Fisheries Science Center /HandoutBaleias e golfinhos deveriam ter “direitos humanos” à vida e à liberdade por causa das evidências cada vez maiores de inteligência, afirmou neste domingo um grupo de ambientalistas e especialistas em filosofia, direito e ética.


Japão, Noruega e Islândia se opõem ao argumento, que impediria a caça ou mesmo a manutenção dos animais em parques marinhos. Os países afirmam que não há provas de que as baleias e os golfinhos sejam mais inteligentes que vacas ou porcos, por exemplo.
Segundo participantes de uma conferência na Universidade de Helsinque, os mamíferos marinhos gigantes têm consciência similar à humana, capacidade de comunicação e sociedades complexas, o que os torna semelhantes aos grandes primatas.


“Nós afirmamos que todos os cetáceos, assim como as pessoas, têm direito à vida, à liberdade e ao bem-estar”, declararam após o encontro de dois dias, organizado pela Sociedade de Conservação de Baleias e Golfinhos.


Thomas White, diretor do Centro de Ética e Administração da Universidade Loyola Marymount, na Califórnia, participou do encontro e disse que golfinhos podem reconhecer a si mesmos em um espelho, capacidade rara em mamíferos que os humanos só adquirem aos 18 meses de idade.


“A caça às baleias é eticamente inaceitável”, disse à Reuters. “Elas têm um senso de si mesmas que nós achávamos que só os humanos tinham”.


Hal Whitehead, professor de biologia da Universidade a Dalhousie, no Canadá, afirmou que há mais provas de que as baleias têm cultura própria.


De acordo com ele, as baleias cachalote têm sonares tão poderosos que poderiam ensurdecer permanentemente outras baleias que estivessem próximas, caso fossem usados na potência máxima. Mas as cachalotes não usam os sonares como armas, mostrando o que Whitehead chamou de “senso de moralidade”.


“É como um grupo de caçadores humanos armados”, disse. “Há um claro sentido de como o sonar pode ser usado”.
Fonte: O Globo

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