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abril 13, 2010

Razões para ser Vegan:


Animais não são objetos para experimentos
Experimentação animal é uma das atividades mais cruéis praticadas contra animais. Ainda assim, é um dos pontos mais controversos nos debates a respeito da consideração moral dos animais e provoca sérias discussões mesmo entre grupos que defendem o tratamento ético dos animais.
Animais não são objetos para experiências
Animais não são objetos para experiências
Por um lado, como já falamos em nossos últimos posts, animais não são objetos para a satisfação dos nossos caprichos culinários ou de moda e não temos direito de causar dor, mutilar e matar outros seres sencientes simplesmente porque eles são irracionais (?) ou por não serem da nossa espécie. Animais criados para experiências são mantidos a maior parte de suas vidas trancados em jaulas, privados de atividade social ou qualquer outra atividade própria de sua espécie em seu habitat natural. Como se não bastasse, esses animais são submetidos a experiências que os mutilam, machucam, envenenam etc. Experimentação científica pode legalmente privar animais de água, comida, sono, ministrar substancias reconhecidamente nocivas, cortar, queimar, enfim, um enorme rol de atividades cruéis que em outras circustâncias não seriam aceitáveis por ninguém.
Por outro lado, a despeito do mal causado aos animais envolvidos, parece haver boas razões para justificar a experimentação científica em animais. A primeira e mais óbvia é a utilidade social dessas experiências. Experimentando em animais, partidários da experimentação animal argumentam, conseguimos descobrir medicamentos e técnicas médicas que salvam milhares de vidas e reduzem o sofrimento no mundo. Além disso, eles acrescentam, não há outras alternativas à experimentação animal, isto é, a não ser testar em seres humanos o que parece ser ainda pior.
Eu não tenho formação científica para contestar essas afirmações. Defensores de direitos dos animais argumentam que experiências animais tem pouco ou nenhum valor para o entendimento de doenças e condições de saúde humanas. Gasta-se recursos, causa-se sofrimento e produz-se nada de relevante para ciência. Apesar de pessoalmente ser contra a experimentação animal como ela é praticada e julgar que abusos de todo tipo estão a ser cometidos, acredito que essas afirmações são no mínimo exageradas.
De um modo ou de outro algumas coisas devem ser consideradas. Para fins do argumento, vamos considerar que experiência animal possa gerar resultados relevantes para ciência. Nesse caso, ainda assim seria preciso estabelecer melhor critérios para a experimentação. Por exemplo, o sofrimento de uma centena de cães talvez seja justificável se há boas expectativas de se encontrar a cura para uma doença grave que afeta centenas de milhares de pessoas. O que seria difícil é justificar o sofrimento de centenas de coelhos para testar a irritabilidade da nova formula de shampoo ou algo semelhante. Nem é preciso mencionar as experiências no laboratório da escola que não descobrem nada, não ensinam melhor que um vídeo ou programa de computador e não produzem senão centenas de ratos,  pombos, ou outros animais mortos.
Acredito que a grande questão a respeito da experimentação é a inevitabilidade da experiência. Há como testar o mesmo procedimento sem causar sofrimento animal? Por exemplo, utilizando um modelo de computador. Se sim, não há razão para testar em animais. Se não, há que se perguntar: Há como testar o mesmo procedimento em um animal sem causar dor? Se sim, a experiência deve ser conduzida sem provocar dor ou sofrimento de qualquer tipo. Se não, então vem a pergunta mais difícil conforme foi proposto por Peter Singer em livro Libertação Animal. Esse experimento é relevante o suficiente para estarmos dispostos a testá-lo em um ser humano com capacidade reduzida de consciência ou de dor? Se não, não é correto executar essa experiência em um animal. É claro que alguém pode achar um absurdo testar em seres humanos, e de certa forma é (não é isso que está sendo defendido aqui), mas a idéia é mostrar que animais devem ser considerados moralmente e não simplesmente serem tratados como objetos com base em  nossos preconceitos de espécie.

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