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março 17, 2010

Carne artificial pode estar à venda dentro de cinco anos



Ainda ninguém provou o produto, mas daqui a cinco anos poderá estar à venda nos supermercados carne artificial. Ou seja: carne criada em laboratório, não proveniente de nenhum animal morto. Os defensores dos direitos dos animais já vieram saudar os resultados da investigação. Resta saber se a carne é saborosa.



Investigadores holandeses criaram um produto descrito como um pedaço húmido de carne de porco e estão agora a investigar outras maneiras de melhorar o tecido fibroso comestível que, no futuro, se espera que as pessoas venham a adquirir.

Os cientistas extraíram células musculares de um porco vivo e colocaram-nas numa solução de produtos animais. As células multiplicaram-se e criaram tecido muscular. A partir deste resultado é possível criar produtos semelhantes a bifes, caso seja possível desenvolver uma maneira de “exercitar” o músculo.

Os grupos vegetarianos já vieram louvar a iniciativa, afirmando que não colocam qualquer “objecção ética” se a carne não tiver origem num animal morto, escreve o “Telegraph”.

A organização de defesa dos animais Peta - conhecida pelas suas campanhas contra o uso de peles de animais na confecção de roupas - já veio dizer que não levanta qualquer objecção.

A Vegetarian Society indicou, porém, que “a grande questão será garantir que as pessoas estão a comer carne artificial e não carne de animais que foram mortos”. “Será muito difícil etiquetar e identificar a carne, de uma maneira em que as pessoas se sintam seguras”, vaticina o grupo.

Mark Post, professor de fisiologia na Universidade de Eindhoven, indicou ao “Sunday Times”: “Aquilo que temos neste momento é um tecido muscular enfraquecido. Precisamos de encontrar uma maneira de o melhorar, esticando-o e moldando-o, mas nós chegaremos lá”.

“Este produto será bom para o ambiente e irá reduzir o sofrimento animal. Parece mesmo carne, as pessoas irão comprá-lo (...) É possível tirar a carne a um animal e criar o volume de carne anteriormente fornecido por um milhão de animais”, esclareceu Mark Post.

O projecto é apoiado pelo governo holandês e por uma marca de enchidos e surge depois da criação de filetes artificiais a partir de células musculares de peixes. 

A carne produzida em laboratório poderia evitar a emissão de gases de efeito de estufa para a atmosfera que resulta da criação de gado.

Estima-se que o consumo de carne e de produtos lácteos possa duplicar até 2015 e que o metano que se liberta durante as actividades relacionadas com a criação de gado seja responsável por 18 por cento dos gases de efeito de estufa lançados para a atmosfera.
Vegetarianos louvaram a ideia de criar carne a partir de células musculares de um porco vivo, evitando-se a emissão de gases de efeito de estufa para a atmosfera

Fonte




Carne artificial: solução para a saúde e o aquecimento global


Não é ficção científica: Já é possível produzir carne artificial.
Não é ficção científica: já é possível produzir carne artificial.
A princípio, é difícil imaginar um hamburguer de carne bovina fabricado sem boi. No entanto, graças ao avanço tecnológico, já é possível obter pequenas quantidades de carne in vitro. Experimentos de missões espaciais daNASA conseguiram produzir fibras musculares em laboratório. Agora, um grupo de cientistas da Universidade de Maryland trabalha em pesquisa que busca desenvolver a produção de carne artificial em escala comercial.





Jason Matheny, fundador da New Harvest, uma organização que também pesquisa a produção de carne artificial, diz que o gosto do produto sintetizado é exatamente o mesmo da sua versão natural. Matheny salienta que a carne in vitro beneficiará a saúde das pessoas e o meio ambiente. Animais abatidos para consumo humano são suscetíveis a vários tipos de contaminações e doenças porque vivem algomerados no mesmo espaço. Esta preocupação está descartada na fabricação de carne a partir de tecidos cultivados em laboratório. Há também outra vantagem para a saúde: cientistas podem manipular o teor de gorduras e outras substâncias nocivas ao sistema cardiovascular. Além do mais a “carnecultura” contribuirá para a preservação do meio ambiente, já que a pecuária é uma das atividades mais poluidoras praticadas pelo homem.
De acordo com o último relatório sobre o meio ambiente divulgado pela ONU, a frota mundial de carros é menos poluente que a criação de gado. O gado, devido às necessidades fisiológicas, produz altos níveis de metano, um dos gases do efeito estufa. Um outro problema é a grande quantidade de água e alimentos que a criação de bois e vacas demanda. No caso brasileiro, é importante ressaltar que o desmantamento acelerado do cerrado e da Amazônia está diretamente relacionado à pecuária. Portanto, é fácil concluir que uma dieta com menos carne representa um impacto positivo sobre o meio ambiente.

Criação de gado: atividade poluente que demanda grandes quantidades de água e alimentos
Criação de gado: atividade poluente que demanda 
grandes quantidades de água e alimentos
PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) apóia a iniciativa da produção de carne artificial. A ONG premiará com 1 milhão de dólares quem conseguir desenvolver a técnica de produzir em escala comercial este produto que dispensa a morte dos animais. O prazo final para a entrega do prêmio é 30 de junho de 2012. 
A idéia de consumir carne artificial pode não dar água na boca a algumas pessoas. Mesmo assim, todos são capazes de buscar uma alimentação mais ecologicamente correta. Biólogos que trabalham a serviço do Greenpeace, afirmam que, ao tirar a carne do cardápio por apenas um dia da semana,  as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global diminuiriam em até 20%.

ONG promete prêmio a possível criador de "carne in vitro"


A ONG Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) informou que vai dar um prêmio de US$ 1 milhão para quem, até 2012, criar um método de produzir carne in vitro que seja semelhante em gosto e aparência à de verdade.
Deve ganhar o prêmio o indivíduo que conseguir desenvolver, produzir em escala comercial e ainda vender carne de frango feita em laboratório. O produto deve estar à venda até 2012 em dez Estados norte-americanos a preços competitivos.
"A produção de carne in vitro poderia usar células-tronco animais colocadas em um meio para crescerem e reproduzirem. O resultado imitaria a carne real e poderia ser cozinhada e comida", afirmou a ONG, em um comunicado.
Segundo a organização, como muitas pessoas "se recusam a deixar seu vício por carne, a Peta deseja ajudá-los a ter acesso a uma carne que não causa sofrimento e morte".
Equipes ao redor do mundo já trabalham para produzir carne em laboratório, mas deve levar algum tempo até que esses produtos cheguem de fato ao mercado. No concurso, dez jurados da ONG vão provar a carne artificial para ter certeza de que a textura e o sabor são semelhantes aos do frango comum.
De acordo com a Peta, a medida tem o objetivo de diminuir o sofrimento animal. "Mais de 40 bilhões de frangos, peixes, porcos e bois são mortos por ano de modos horríveis para gerar comida nos Estados Unidos", diz a organização.
"A carne in vitro poderia livrar os animais do sofrimento. Além disso, a carne in vitro poderia reduzir de modo dramático os efeitos devastadores dessa indústria no ambiente", diz.









Carne artificial pode ajudar a reduzir danos ao planeta


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A perspectiva de um cenário catastrófico levou 193 países a se reunirem em Copenhague para discutir as mudanças climáticas. Os cientistas estão imaginando, projetando e experimentando centenas de propostas para salvar o planeta.
São algumas idéias: pintar as cidades de branco para refletir a luz solar, colocar milhões de espelhos em órbita para refletir os raios solares para fora da Terra, soltar barcos no mar que borrifam névoa, simular a ação de vulcões com canhões lançadores de bombas de enxofre, criar árvores artificiais.
Animais ruminantes, como o boi e a vaca, arrotam muito e, ao fazer isso, soltam uma quantidade enorme de gás metano, que é 20 vezes mais danoso para o efeito estufa do que o CO2. São bilhões de cabeças de gado no mundo, e os cientistas estudam remédios para aliviar o arroto que, somado, provoca grande estrago. Mas, mesmo que dê certo, isso resolveria apenas parte do dano provocado pela pecuária. E como pouca gente no mundo está disposta a deixar de comer carne, uma solução radical está sendo tentada.
A Universidade Ocidental da Austrália trabalha no desenvolvimento do que deverá ser a primeira carne artificial do mundo, criada a partir de células de músculo de um carneirinho. As células foram cultivadas em uma solução de plasma de sangue animal. E depois colocadas em uma máquina que gira constantemente para que a carne cresça em três dimensões.
Agora, os cientistas estão quebrando a cabeça para dar alguma textura à carne. Para que ela fique um pouco mais parecida com um músculo de verdade. Quanto ao gosto, por enquanto ela não é legalmente considerada comida. E, portanto, não pode ser comida. Assim, o sabor da carne artificial deve permanecer um mistério por um bom tempo.

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