Pesquisador afirma que diminuir o consumo de carne e laticínios não traz impacto real no combate ao aquecimento global. A conclusão foi apresentada no início da semana durante o 239º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química.
Apesar das alegações de que a criação de animais gera muitos gases causadores do efeito estufa, o perito em qualidade do ar, Dr. Frank Mitloehner, da Universidade da Califórnia-Davis, disse que culpar vacas e porcos é cientificamente errado e impede que a sociedade foque em soluções efetivas para combater o problema. Para ele, cortar o consumo de leite e carne significaria apenas mais fome em países pobres – e não diminuição do aquecimento. O foco deveria ser em agricultura e pecuária inteligente, adotando praticas para produzir mais comida com menos emissões. A principal medida, no entanto, seria reduzir o uso de petróleo e carvão para eletricidade, aquecimento e combustível, já que, segundo ele, os meios de transporte causam 26% de todas as emissões-estufa nos Estados Unidos, enquanto a criação de gado e porco gera apenas 3%. Ele afirmou ainda que essa opinião contrários à carne vem de um erro cometido no relatório das Nações Unidas de 2006 chamado “Livestock’s Long Shadow”. Nele, dizia-se que a criação de animais era responsável por 18% dos gases causadores do efeito estufa – o que seria mais do que os transportes. No entanto, apesar dos animais serem grandes liberadores de metano, Mitloehner acredita que houve um erro na metodologia utilizada na época. As emissões dos rebanhos foram calculadas de forma diferente das do transporte. Os dados dos animais incluíam sua alimentação, suas emissões digestivas e o processamento da carne em comida. Mas na análise do transporte estavam incluídas apenas as emissões de combustíveis pelos veículos, e não todo o ciclo do transporte do combustível e retirada do petróleo.
Fonte: Eco4planet
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