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junho 06, 2010

Buscas com palavras estão fora de moda

A Google quer revolucionar os motores de busca com a procura com imagens e não palavrasGoogle tenta revolucionar motores de busca pela segunda vez. Agora chegou a vez da procura por imagens.



Num restaurante em Basileia, os únicos menus que existem estão em alemão. A empregada não sabe explicar em inglês o que contêm os pratos e a solução é apontar para um qualquer e esperar que seja bom. 
Qual é a cena seguinte? Um vegetariano indisposto a olhar para o prato de carne que escolheu. Algo perfeitamente evitável se algum dos presentes tivesse um telemóvel com sistema operativo Android e uma pequena aplicação instalada chamada Google Goggles.

É uma verdadeira revolução nas buscas e pouca gente se apercebeu disso até agora. Em vez de digitar palavras para fazer uma busca, tira-se uma foto ao objecto para o qual queremos informação. Se o menu está em alemão, é fácil: fotografam-se as palavras e em menos de um segundo o Goggles traduz o que querem dizer. A busca por imagens ainda está numa fase incipiente, mas é uma das grandes tendências do futuro. Pelo menos é o que espera a gigante das buscas, que passou os últimos dois anos a trabalhar nesta aplicação de apontar o telemóvel, fotografar e procurar. 

"Há coisas que não será possível descrever ou procurar porque não sabemos o seu nome", diz ao iShailesh Nalawadi, responsável pela equipa do Goggles sedeada em Santa Mónica. Como é que se pesquisa uma flor que se encontrou no caminho? Ou um monumento sem descrição que se encontra num site? Tirar uma foto e saber o que é em poucos segundos tem um grande valor, e a Google sabe-o. Ainda assim, a aplicação só está disponível para os telemóveis com sistema operativo Android, e se a dot-com pretende massificar o seu uso terá de a alargar a outras plataforma. Nalawadi sabe que isso é assim e garante que a equipa de desenvolvimento está a trabalhar a todo o gás. O iPhone deverá ser o primeiro sistema fora do universo Google a ter a aplicação. 

"A reacção mais comum das pessoas ao facto de conseguirmos fazer isto é que não acreditam que é possível", brinca Shailesh Nalawadi, dizendo que "isto é uma coisa que parece ficção científica". De facto, a demonstração feita ao i na sede da Google, em Mountain View, foi impressionante: o telemóvel N1 reconheceu a imagem do parlamento grego e voltou com o resultado em poucos segundos. O catálogo do Goggles já tem milhões de referências e a sua utilização potencial é muito grande, não só para turistas que não sabem que monumento estão a ver, mas também para as empresas. Imagine que tira uma foto a uma imagem publicitária ou à mala de um transeunte só para descobrir onde pode comprar uma igual... 

"As primeiras utilizações têm sido mais de curiosidade que de necessidade", admite Nalawadi, dizendo que há pessoas que tiram fotos ao gato ou a pacotes de leite a ver o que dá. É natural, como diz o responsável. "Continua a ser uma grande surpresa para as pessoas quando vêem que funciona."


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