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maio 28, 2010

Brasileira é uma das 39 mais importantes autoras latino-americanas até 39 anos


Vivendo nos EUA desde 2006, Adriana se firma como escritora.

Divulgação
A escritora Adriana Lisboa.

A escritora Adriana Lisboa.

Escrever é vital. É assim que Adriana Lisboa fala da atividade à qual se dedica profissionalmente há 11 anos. Nos romances, contos ou antologias, a escritora coloca a linguagem própria e exprime suas idéias para um público universal.

Com o romance “Fios da Memória”, Adriana fez a estréia profissional. O segundo livro, “Sinfonia em Branco”, rendeu à escritora o Prêmio José Saramago. É autora dos infanto-juvenis “Língua de Trapos”, “A Sereia e o Caçador de Borboletas” e “Contos Populares Japoneses”.

Segundo Adriana, a infância e a adolescência foram recheadas de música. “Cresci escutando saraus”, confidenciou ela. Por isso, a nativa da capital carioca foi estudar música na Uni-Rio por conta da influência da família de músicos informais. “Escolhi sem muita reflexão”, disse a escritora, sobre o curso superior.

Para praticar o aprendizado, passou um ano cantando MPB nas noites da França. Mas era eternamente acompanhada pelas letras. “Chegou um momento que eu não tinha tempo para ela (escrita)”. Decidiu então abraçar a atividade em tempo integral. Apesar de se considerar sobretudo uma romancista, Adriana contou que navegou também por outros gêneros. “Já escrevi crônica para jornal, até roteiro cinematográfico”.

E ela realmente gosta mais de dançar ao ritmo longo do romance. Segundo a escritora, o gênero desperta nela mais interesse, além de permitir um convívio mais longo com a própria obra.

Imigrando pelas letras
Nos EUA desde o final de 2006, por conta do trabalho do marido, Adriana Lisboa foi incluída pelo projeto Bogotá 39 Hay/Festival no grupo dos 39 mais importantes autores latino-americanos até 39 anos. Membro da Brazilian Studies Association (Brasa), integrou diversas antologias de contos no Brasil e no exterior. Tem livros publicados nos Estados Unidos, México, França, Suíça, Portugal, Suécia e Itália.

Morando atualmente no estado do Colorado, Adriana disse que gosta de ser estrangeira. “Ser imigrante é algo que pode ter várias caras. No meu caso sempre foi uma coisa muito positiva”. O que não significa perda de vínculo com o país natal. “Escrevo em português ainda. É difícil escrever em português e não pensar no público brasileiro”. Atualmente, está traduzindo “Eating Animals”, obra de não ficção do americano Jonathan Safron Foer, que fala sobre o vegetarianismo.

Sobre o caminho escolhido, não consegue segurar a empolgação. “Gosto muito do que faço, faz parte da minha vida. É uma coisa vital”. Conhecedora das dificuldades, opina que nos Estados Unidos é mais fácil se profissionalizar como escritora. Segundo ela, a atividade é mais difícil de exercer no Brasil. “Aqui há mais chance de ter uma carreira auto-sustentável”.
Da redação do ComunidadeNews.com

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