Pesquisar neste blogue

maio 24, 2010

Abolição Animal - Uma Luta por Igualdade e Respeito





Assim como o racismo afirma a superioridade de um grupo racial sobre outro, e o sexismo a superioridade de um sexo perante outro, o termo ESPECISMO significa julgarmos uma espécie superior a outra. Na escravidão animal, o especismo qualifica e justifica a exploração de animais não-humanos por animais humanos. Assim como os brancos tentaram impor-se sobre os negros (racismo), ou os homens sobre as mulheres (sexismo), hoje nós, humanos, tentamos nos impor sobre outras espécies de animais não-humanas. Tornando-as simples objetos e mercadorias, sem valor inerente, ou seja, o valor de suas vidas está diretamente relacionado ao uso que nós fazemos dela. Deixamos, portanto, de considerar o interesse desses animais em sua própria vida e liberdade.
Os negros e a mulheres resistiram à exploração e, através da criação de movimentos politicamente organizados, lutaram para conquistar igualdade racial e igualdade entre os sexos, mas os animais não têm esse poder de organização política para reivindicar em sociedade seu direito de não ser tratado como mercadoria ou posse de seres humanos. Por isso a existência de uma organização humana que luta para que todas as espécies sencientes - seres com subjetividade, capazes de sentir dor e aptos a decidirem por si mesmos sobre seus próprios interesses - tenham sua igualdade conquistada. Chamamos esse movimento de Abolição Animal. O movimento abolicionista luta para que os animais não-humanos sencientes também sejam possuidores de direitos.

Mas, o que é um direito? Um direito é um muro construído em volta de um interesse, por exemplo, todos os animais sencientes – humanos e não-humanos - têm o interesse em não sofrer e em viver sua vida em liberdade, então são criados direitos para que todos esses interesses sejam protegidos. Dessa maneira atribuímos um valor inerente a toda forma de vida senciente no planeta. Atribuir tal valor é o mesmo que dizer que a vida dos animais humanos e não-humanos tem um valor próprio e não depende de interesses econômicos ou financeiros para existir. Assim, não há NADA que justifique moralmente a mercantilização e a escravização de uma espécie animal para que outra espécie seja beneficiada. Isso fere diretamente a questão da autonomia de cada ser vivo.
O que podemos fazer HOJE para contribuir com o fim da escravidão animal? Fácil, o que pode ser feito neste exato momento para contribuir com o fim da exploração dos animais humanos sobre os animais-não humanos é a opção pelo VEGANISMO. Ser vegano é optar por boicotar qualquer produto gerado através da exploração animal. Produtos que vão da alimentação (carne, leite, ovos, mel, etc), vestimentas (couro, peles, lã, etc), até a cultura (rodeio, circo com animais, etc), além de qualquer tipo de produto que tenha sido testado em animais (experimentação). Escolher o veganismo é escolher um mundo no qual se reconhece o valor inerente da vida, em qualquer espécie senciente. Tornarmos veganos é o que podemos fazer agora para deixar de contribuir com a exploração, sofrimento e morte de milhares de seres vivos que são diariamente escravizados dentro da indústria alimentícia, científica e do entretenimento.

Abolição Animal e veganismo não existem separados um do outro, só podemos deixar de sermos especistas se optarmos por uma escolha de vida vegana, ou seja, uma escolha que respeite e reconheça o valor da vida em qualquer espécie senciente, seja ela humana ou não. O veganismo é o primeiro passo em direção a um mundo mais ético e mais igual.

Texto retirado da apostila distribuída no 1° EDUCAVEG (dia 25/04/10)
Por Alex Peguinelli  

1 comentário:

Coletivo V.I.D.A. disse...

obrigado por ajudar a divulgar o texto! parabéns pelo blog, gostei muito!