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abril 13, 2010

Razões para ser vegan:


Animais não são comida
Há uma infinidade de razões para nos tornarmos vegan: saúde, meio-ambiente, compaixão etc. Na minha opinião, nenhuma razão é tão forte quanto o respeito ético que devemos ter pelos animais, enquanto seres sencientes. Falamos em nosso último post sobre o filme “Terráqueos”. Nesse filme, são mostrados os cinco “usos” principais que são responsáveis por quase toda a exploração animal no planeta: Alimentação, Vestuário, Pesquisa, Entretenimento e Animais domésticos. A exploração causada por cada um desses usos é, não minha opinião, a principal razão para nos tornarmos vegans, e é exatamente sobre isso que iremos falar nas próximas semanas.
Animais não são comida!
Animais não são comida!

A primeira e mais marcante forma de exploração animal é a relacionada à alimentação. Primeira eu digo por ser a indústria alimentícia a que mais confina, maltrata e mata animais atualmente. Mais marcante por ser a mais silenciosa e disfarçada de todas. Seja através da dissimulação das práticas pecuárias, seja por causa das propagandas enganosas, ou simplesmente por não querermos ver, quase não nos damos conta do que realmente está por trás do bife bem passado em nosso prato ou do festivo peru de natal em nossa mesa.
A produção de animais para alimentação hoje é feita segundo os moldes da chamada factory farming – o confinamento do maior número de animais na menor área possível, com vistas à redução de custos de produção e da realização do abate o no menor tempo possível. Colocado assim dessa forma técnica, pode até parecer boa coisa, mas na verdade a criação industrial de animais é responsável pelo matança mais terrível e cruel de toda história.
Granja industrial
Granja industrial
Animais são criados em ambientes altamente estressantes, sem espaço para se movimentar, muitos sem ver a luz do sol ou respirar ar fresco. Nessas situações, animais frequentemente atacam uns aos outros provocando ferimentos graves – o que enseja atitudes ainda mais cruéis como por exemplo o corte do bico das galinhas ou o corte das presas, rabo e castração de porcos.
Ao contrário dos animais silvestres ou de estimação, animais criados para o consumo humano não recebem proteção legal contra maus-tratos, abandono, mutilação, aplicação de drogas e técnicas de abate cruéis. Contudo, apesar de não serem protegidos, animais de criação são tão capazes de sentir dor quanto cães e gatos. Porcos, por exemplo são capazes de utilizar ferramentas rudimentares, resolver problemas e demonstrar sentimentos.
Só para se ter uma idéia da dimensão do problema, nos Estados Unidos em 1997 foram abatidos 36 milhões de cabeças de gado. Um site citando um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos apresentou os seguintes números de animais mortos globalmente em 1998.
  • Porcos: 1,1 bilhão
  • Galinhas: 17,5 bilhões
  • Cabras e Ovelhas: 470 milhões
  • Vacas: 230 milhões
Não é preciso, então, muito raciocínio para perceber o impacto que a adoção do veganismo pode ter para esses bilhões de animais sujeitos à crueldade e mortos para nossa alimentação. Considerando que a alimentação vegan ou vegetariana estrita é perfeitamente saudável se equilibrada e suprida com algumas vitaminas, não há razões (moralmente aceitáveis) para preferirmos causar dor e morte em seres sencientes para manter a carne em nossa mesa.
Animais não são comida, e perceber isso é um dos principais motivos para adotarmos uma dieta vegana. Mas esse não é o único.

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