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abril 12, 2010

Em paz com os hormônios


Ilustração mulher em casaNa hora de comprar, observe se a planta está limpa, sem sinal de umidade, ou grudando uma na outra. Se forem cápsulas, verifique o nome e o registro do técnico responsável.· Ervas superpoderosas
São muitas as mulheres que já se encontraram à beira de um ataque de nervos durante a TPM ou o climatério. Mas, se de um lado a natureza impõe irritação e calores intensos, ela também oferece plantas que podem suavizar todo esse desconforto feminino. Usando bem, elas são um santo remédio.

O sobe-e-desce hormonal das mulheres mexe com o organismo, inclusive o cérebro, provocando desconforto e perda temporária do controle - o que pode causar estragos nas relações com o chefe, o vizinho, o motorista ao lado... Em busca de alívio e autocontrole, muita gente está recorrendo à fitoterapia, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde desde 1978.

Um estudo da pesquisadora Mônica Turolla, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, aponta que entre 1999 e 2002 as vendas no país de Panax ginseng, indicado para combater a fadiga física e mental, sintomas freqüentes na TPM, e Valeriana officinalis, que reduz a ansiedade, cresceram 102 e 133%, respectivamente. "A maior procura por fitoterápicos, somada a novas pesquisas e observações clínicas, está levando mais médicos alopatas a estudar, prescrever ou encaminhar os pacientes para fitoterapeutas", observa a endocrinologista e fitoterapeuta Leonor Angela Barros, do Instituto de Acupuntura do Rio de Janeiro.

É preciso discernimento
A regra do bom senso é válida para qualquer tratamento hormonal, até mesmo para os fitoterápicos. Para evitar contratempos, consulte um especialista em saúde da mulher e em plantas medicinais. "Podem ser necessários exames laboratoriais, pois insuficiência hepática, úlcera e gravidez costumam restringir o uso de algumas ervas", avisa o clínico geral Alex Botsaris, autor do livro Doce Vôo da Juventude (ed. Objetiva).

O outro lado da moeda
Apesar de ter poucos efeitos colaterais e os primeiros resultados aparecerem após cerca de duas semanas de uso, o tratamento fitoterápico ainda é tido por muitos médicos como auxiliar em relação à alopatia. Um dos motivos é que o mecanismo de ação de várias espécies ainda não foi desvendado. A planta Angelica sinensis ilustra isso. Apesar de usada há milênios na China para tratar problemas femininos como o fluxo menstrual irregular, até hoje os cientistas não sabem de que forma ela equilibra nossos hormônios. "A indicação depende do que a paciente tem e está buscando. Se os sintomas forem leves, estiverem no início e a mulher fizer ginástica, se alimentar direito e for adepta dos métodos naturais, ela pode ter vantagens com a fitoterapia", diz o ginecologista Isaac Yadid, da clínica Huntington de Medicina Reprodutiva, no Rio de Janeiro. "Por outro lado, se apresentar cinco sintomas provocados pela oscilação hormonal, ela só vai conseguir se livrar de um ou dois deles com a fitoterapia, ao passo que a terapia convencional é capaz de eliminá-los de uma só vez", completa.

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