
Mas interessante é que em quase todas as notícias referentes a essa campanha de conscientização, a grande maioria enfatizou apenas a prevenção através do auto exame ou da mamografia. Muito pouca ênfase na prevenção através dos cuidados com a alimentação, stress, álcool, fumo, obesidade, reposição hormonal, diabetes e hereditariedade. Mesmo nesse último quesito, como diz o cardiologista Fernando Luchese, os fatores genéticos constituem-se como uma bomba relógio que você tenta desarmar ou não, dependo do estilo de vida que leva.
No RS, onde se consome em demasia muita gordura animal, carne e laticícios, o que pode favorecer a alta incidência desse tipo de câncer. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Leeds e publicada na revista especializada British Journal of Cancer, com 35 mil mulheres com idades entre 35 e 69 anos, aquelas que passaram da menopausa e comem mais de 103 gramas de carne vermelha por dia ou carne processada, tem 64% mais chances de desenvolver a doença. Já as mulheres em período pós-menopausa que consomem cerca de 57 gramas de carne por dia têm 56% de chance de desencadear o câncer de mama. A pesquisa revelou que mesmo as mulheres jovens têm leve risco de desenvolver a doença se comerem carne vermelha todos os dias.
Segundo a professora Plant, “o leite de vaca é um grande alimento... mas só para os bezerros, pois a natureza não o destinou para ser consumido por nenhuma outra espécie”. O leite só é natural para o filhote que recebe de sua própria mãe esse alimento. Fora disso, torna-se um elemento estranho ao organismo de uma outra espécie adulta que já deixou a fase de amamentação. De todas as espécies mamíferas a humana é a única que comporta-se como filhote mesmo depois de adulta e teima em tomar leite até morrer de velho. Em média, aos três anos de idade perdemos duas importantes enzimas necessárias à decomposição e a digestão do leite, a renina e a lactase. Além desse fato, o leite possui em sua composição alto teor de gordura, caseína e um conveniente e bonito nome para milhões de células somáticas, que nada mais são do que PUS. Não bastasse isso é frequente a contaminação com fezes e pesticidas.
Então está na hora de aprofundar o debate e as campanhas que visam alertar esse grave problema que afeta homens e mulheres do mundo inteiro e inserir nesse contexto o que se evidencia como conseqüência de um hábito tradicional, porém equivocado, em que lá na origem da fazenda transforma fêmeas bovinas em escravas leiteiras, onde seus ventres exaustos e suas mamas judiadas e sugadas são meras máquinas de um lucrativo agronegócio. Alí também tem muito sofrimento e dor nas mamas.
Por Márcio Linck
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