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maio 22, 2010

“Cão à moda”? Um teste pra você, caro leitor

Estava eu ontem lendo sobre o astronauta chinês que se orgulhou de consumir carne de cachorro durante missão no espaço e me lembrei de um texto interessante, também publicado ontem, pelo Ari Solomon, do Huffington Post. O título original é A man walks into a restaurant... A short story. Resolvi traduzi-lo e convidar você para uma reflexão grupal - uia!
por Andréa Nichols


Este é um teste.


Um homem entra num restaurante.
Bom, na verdade, um homem e seu cachorro, um filhote de labrador fofíssimo...daqueles que você tem que parar e fazer um carinho quando vê na rua ou num parque. Uma jovem recepcionista se aproxima e diz para o homem que é proibido entrar com cães no restaurante, inclusive na área do terraço. Aí, o cachorro lambe a mão dela. “Ele é tão fofo”, se derrete, e diz ao homem que libera o cão só dessa vez, mas ele tem que ficar no colo do homem. O homem sorri e ela lhe indica sua mesa.

Depois de um minuto, um garçon se aproxima. Ele também nota a presença do filhote, mas diz para o homem que o proprietário não vai se incomodar; o restaurante é novo e diferente. “Nós somos um estabelecimento moderno e ecologicamente correto”, diz com orgulho, explicando que só servem alimentos sustentáveis e de criação e abate humanitários. O homem diz que é por isso que ele foi jantar lá; ele é ambientalista e adora esse conceito.

O garçon deixa o cliente por alguns minutos e então volta: “já escolheu?” O homem, que nem chegou a olhar o cardápio, sorri e diz, “Sim, gostaria que você cozinhasse ele”, apontando para o cãozinho.
O garçon solta uma risada nervosa: “Nós não servimos cachorro nesse restaurante. Aliás, tenho certeza de que isso é ilegal”. Não, corrige alegremente o homem, é perfeitamente legal tanto aqui quanto em vários outros estados. “E”, acrescenta, “é a carne mais ecologicamente correta por aqui.

O garçon se encolhe, confuso, enquanto o cliente continua: “Vocês priorizam os alimentos sustentáveis, certo?” O garçon afirma que sim. O homem explica que 5 milhões de cães e gatos são sacrificados em abrigos todo ano e sua carne simplesmente descartada. Ele adotou seu cão de um abrigo. “Se você quer um alimento local e sustentável, comer a carne de animais abandonados ganha de longe de animais criados em fazendas, abatidos e que depois têm sua carne transportada por aí. Mate-o humanitariamente, oras, exatamente como você diz que os outros animais servidos aqui são mortos”.

“Mas é um cachorro” insiste o garçon encarando o homem, “comê-los é totalmente diferente e isso é nojento. Cães são como a nossa família, são inteligentes, carinhosos, são como nós.” O homem rebate rápido, “Mas porcos são mais espertos que cães. Aliás, são tão inteligentes quanto uma criança de 4 anos. Galinhas demonstram traços incríveis de personalidade, desde curiosidade a timidez e orgulho, e elas formam estruturas sociais extremamente complexas. Vacas também têm personalidades individuais. Elas inclusive lambem você, assim como os cães fazem, pra demonstrar afeição. E eu tenho certeza de que você concorda comigo que em termos de medo e sofrimento, tanto cães quanto porcos, galinhas e vacas são semelhantes.”

"Então, levando tudo isso em conta, diz o homem, qual é realmente a diferença se eu quiser comer esse cachorro?

Sua tarefa: Responder a pergunta do homem.


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